Entre um verso e outro da canção de Tom Zé, não há como não reviver a rua mais democrática da cidade. E de se arriscar a ir além da Angélica e da Consolação. Ah que bom!
A história e a cultura afugentaram o classicismo requintado de seus carpetes do saudoso natal de 1973. O shopping a céu aberto já não existe mais, mas deixou pra nós uma descida galeria de arte urbana que vai do alto do Safra ao Baixo que desemboca na Roosevelt. Um reduto alternativo, de tribos que se respeitam, de gente que gosta de gente.
A Augusta é assim! Descê-la nos remete a uma via que não dorme, que hospeda bares, botecos, becos, música e boêmia contemporânea, aquela que se alastrou em raízes ao longo dos anos com a chegada das novas turmas de gerações. De jovens à velhacos todo mundo se encontra na Augusta, seja lá para o que for. E não para por aí!
As adjacências da rua mais queridinha dos hipsters paulistanos engloba um universo à parte da metrópole do chuvisco. Ruas como a Frei Caneca e Peixoto Gomide abrigam uma dezena de festas semanais, que somadas às da Augusta, criam uma seleta região eclético-sincrética no coração de São Paulo. Em cada esquina um lance, e sem chance de listar todos por aqui.
E tem mais: Sua Rainha Majestade, a mais imponente das avenidas brasileiras, a Paulista, une tudo isso ao coração da noite paulistana. Um roteiro plural e singular ao mesmo tempo, para aqueles que buscam a heterogeneidade social em sua maior amplitude de gostos e sabores!
Não há como não descer a Augusta em uma visita por Sampa. Em outra oportunidade vou selecionar alguns lugares, por categoria, para curtir o melhor da região.
Enquanto isso? Se joga na queridinha!
Imagem Destaque: Marcos Lamego – CC BY-NC 2.0 via Flickr