Foto: Dilvigação

RAPIDINHAS

Gastronomia em festa

By Fabrizio Naturalli

May 29, 2015

A cidade de São Paulo ganhou mais um templo da comilança. Foi inaugurada este mês com toda pompa e muito estardalhaço de mídia a nova loja, primeira filial brasileira e sul americana um dos mais famosos empórios gourmet da Itália e do mundo: o grupo Eataly. A empreitada de trazer a loja para São Paulo foi capitaneada pelos sócios do Grupo St Marché, que são os gestores da loja brasileira.  Mas o que tem de especial e qual o papel ou diferencial da loja e dos negócios? Afinal, muitas empresas já compraram outras e essa é uma prática bastante normal no mundo dos negócios.

foto: Divulgação

Bom, primeiro porque estamos falando de um grupo internacional de investidores que adotou uma forma de gestão altamente eficiente, o que hoje ainda é novidade no cenário do Bussines Gastronômico na cidade e no país. Em cada cidade onde a marca se instala ela adota investidores locais e produtos locais, 70% da mercadoria vendida vem diretamente da Itália e esse é o grande chamariz de público. Mas o restante dos produtos vem de produtores locais a fim de valorizar a produção local e a gestão também é partilhada. O conceito do projeto vem da matriz italiana, mas a operação fica a cargo dos gestores locais, no caso, o grupo brasileiro que comprou as operações da empresa no Brasil.

Foto: Divulgação

Utilizando arquitetura arrojada, tecnologia e a bandeira do Slow food (movimento que prega o retorno de uma alimentação mais calma, o uso de fornecedores do entorno e o respeito à terra e aos animais) para atrair seu público além dos curiosos de plantão, a loja prova que ousadia é a palavra chave para quem quer impactar na cena gastronômica paulista. 40 milhões de reais foram investidos, um prédio de proporções mais que generosas foi construído e um exército de funcionários contratado. Em poucas palavras, mais um ponto turístico da cidade foi inaugurado, e estômagos alvoroçados já correm felizes por gôndolas descobrindo novos produtos e guloseimas com os quais não sabemos como conseguimos sobreviver até agora sem conhecer