O charme inebriante de São Paulo é uma coisa que só os poetas se atrevem a tentar explicar.
Foi assim com Caetano em 1965, quando cruzou a Ipiranga com a Avenida São João e imortalizou a esquina com a música Sampa. Provavelmente seja a primeira música que venha a cabeça quando se fala em São Paulo, mas muitas outras homenageiam a “terra da garoa”.
Ainda no mesmo endereço, não há como não lembrar da “cena de sangue num bar na Avenida São João” da música “Ronda” de Paulo Vanzolini, que tem sua versão mais famosa na voz de Marcia, gravada em 1977.
Adoniran Barbosa é um dos compositores que mais cantou à São Paulo, uma de suas mais famosas canções, falava do “trem das onze”, que realmente existiu e foi extinto em 1965. Funcionava desde 1894 e tinha sido construído para levar dutos de água da Serra da Cantareira para o Centro de São Paulo. No início do século os paulistanos passaram a usar a linha, mas ela teve de ser desativada, já que não havia sido construída para o transporte de passageiros.
Longe da São Paulo do passado, os poetas atuais tentam entendem a cidade das contradições. E no quesito “problemas sociais” ninguém melhor que os rappers para traduzir a atmosfera da periferia e a desigualdade que impera na cidade.
O Rap chegou ao Brasil no final dos anos 80. Rappers e dançarinos de break se reuniam na estação São Bento e posteriormente passaram à Praça Roosevelt. Ali nascia o movimento hip hop, que até hoje é a voz das comunidades.
Mano Brown cantava que a “comunidade Zona Sul é dignidade”. Em suas letras fortes, conhecemos uma São Paulo mais fria e dura, que guarda em muitos de seus bairros, tristes realidades.
Há quem prefira ver São Paulo de forma romântica, com sua linda e antiga arquitetura, sua vasta diversidade de culturas e seus lugares maravilhosos.
Há quem não consiga fechar os olhos para suas desigualdades e cante junto a Criolo, dizendo que “não existe amor em SP”. Mas a verdade é que mesmo com todos os seus problemas, São Paulo ainda é tema para vários compositores, de diferentes ritmos, que ao longo dos anos, tentaram e ainda tentam traduzir a aura paulistana, mesmo sendo quase impossível fazê-la, porque a cidade é aquilo que ela significa para cada um, e nesse caso temos quase 12.000.000 de diferentes pontos de vista.
Milhões de diferentes impressões a respeito de um só lugar. Que só concordam em dizer que, realmente, São Paulo é extremamente inspiradora!
Alguma coisa acontece no meu coração, qd cruzo a Av Ipiranga com a Av São João….
Cruzei muito essas avenidas !
Faltou a muísca que fala exclusivamente da nossa cidade , Pentágono – Multicultural
Uma clássica do Rock n’ Roll… A do 365, que se chama… “São Paulo”…
Lucimara Fróes
Sem São Paulo O meu dono é a solidão
Diga sim, que eu digo não…
Isabella García Campos
Frio e garoa na escuridão, sem São Paulo o meu dono é a solidão….
Ira:pobre paulista
????? O dó!!
SÃO PAULO
TUDO DE BOM!
Luciano Kenji, queridíssimo, olhe só! ? bjs
Da hora!!! E que foto é essa ae? Juma no Pantanal? haha
Hahahaha! É foto de quem se enfia na água e não sai mais ?
“É sempre lindo andar, na cidade de São Paulo”!
Muito bem lembrado! São Paulo, São Paulo – Premeditando o Breque
Leiam o livro “Roteiro Musical da Cidade de São Paulo ” do grande Assis Ângelo. É o maus completo sobre o assunto.