A visita ao museu penitenciário paulista vale a pena a começar pelas memórias de suas instalações, o terreno que já abrigou o Complexo Carandiru, a maior penitenciária paulista abrigando cerca de 8 mil detentos e passou por um massacre em 1992. Hoje nos mostra obras, objetos e documentos que contam a história do sistema penitenciário do estado.
Em 1939 temos a criação do Serviço de Biotipologia Criminal, através de um decreto, que diz que uma de suas atribuições é organizar o Museu Penitenciário paulista, que visava valorizar o estudo e a divulgação da evolução da pena no Estado, ligado diretamente ao Departamento de Institutos Penais do Estado, o DIPE.
Em 1990 foi constituída a Secretaria da Administração Penitenciária, e então, o Museu passa a fazer parte da Escola de Administração Penitenciária Dr. Luiz Camargo Wolfman. O museu passa a ser exclusivamente pedagógico, e é parte do treinamento dos servidores da Administração Penitenciaria. Em 2009, é criado um grupo de trabalho que promove estudos que visam a criação de uma sede para o museu na cidade de São Paulo, para tornar possível a abertura do museu ao público.
Finalmente, em 2014 o Museu Penitenciário abre as portas para todo o público, mostrando seu acervo que é relacionado a ressocialização e cultura prisional, o Museu aborda temas que evidenciam a relação individuo – sociedade sob o ponto de vista da pena, tem informações sobre a ciência jurídica penal, que pode ser observada na história do sistema penitenciário paulista, e seu desenvolvimento. O Museu Penitenciário Paulista traz a todos nós a reflexão sobre a história penitenciária e também da pena.
O acervo do museu penitenciário paulista tem mais de 21 mil peças em exposição, inaugurado em 2014, tem peças datadas de 1920, pinturas, esculturas e móveis feitos por detentos em suas oficinas, todos os objetos nos ajudam a fazer um recorte de como era a vida dos presos do Carandiru.
Há também criações proibidas dos presos, em suas celas, como armas, construídas com os mais diversos materiais, cachimbos para uso de drogas, aparelhos de tatuagem improvisados, e até mesmo uma espécie de micro-ondas, feitos com lâmpadas e papel alumínio e uma engenhoca onde faziam cachaça com restos de comida. Você também poderá conhecer as celas escuras, que serviam como punição aos presos, extintas ainda na década de 1970.
Há quadros belíssimos feitos por detentos em suas oficinas, além de toda a história a ser descoberta, visitar o Museu Penitenciário Paulista é uma viagem no tempo e uma profunda reflexão sobre o sistema prisional.
Serviço:
Endereço: Av. Zaki Narchi, 1207 – Carandiru, São Paulo – SP, 02029-001
Telefone: (11) 2221-0275
Site: http://museupenitenciario.blogspot.com.br
É necessário agendar a visita