Uma tragédia onde a família inteira morre parece ser o enredo perfeito para uma das mais conhecidas lendas urbanas de São Paulo. Desavenças familiares, briga entre pais e filhos, questões financeiras, separação de casais e traição são alguns dos problemas que garantem discussões durante gerações, ou podem até mesmo impossibilitar a constituição de uma nova. No caso da família César Reis, o problema que gerou tanto conflito e ódio foi a disputa de dois irmãos sobre no que deveria ser investido a fortuna da família. Um pequeno castelo de São Paulo, conhecido hoje como castelinho da rua Apa, edificação já antiga no tempo do fato, em 1937, se tornou palco de um caso que até hoje não foi resolvido pela polícia e desafiava o conhecimento que qualquer vizinho tinha sobre as relações da família.
O castelinho da rua Apa
A construção em condições precárias já foi residência de uma família da aristocracia paulistana. Local de um crime que nunca foi solucionado pela polícia. No dia 12 de maio de 1937, segundo o inquérito, Álvaro Reis matou seu irmão e sua mãe, tirando a própria vida em seguida.
O fato misterioso é que o dito culpado teria sido encontrado com duas balas na cabeça, algo pouco comum em casos de suicídio. Além disso, perto dos corpos, dispostos paralelamente, foi encontrada uma pistola alemã Mauser, registrada em nome de Álvaro, o que só veio a reforçar a hipótese da polícia. E mais, o calibre das balas encontradas nos corpos eram diferentes, sendo que a segunda arma, uma Magnum Parabellum, jamais foi encontrada.
A polícia acredita que existia uma quarta pessoa envolvida no crime, mas isso nunca foi comprovado. Alguns dizem que é melhor tomar cuidado ao passear pelo endereço de noite, já que a alma penada de Reis perturba aqueles que colocam os pés no que um dia foi o seu lar.
O Castelinho ficou abandonado, transformando-se em um depósito de sucatas e ferro velho. Jornais de 1988 anunciavam o abandono do local e o filme “Fogo e Paixão” com Fernanda Montenegro, foi o último “momento de glória” da edificação.
Desde então, todos os que se atreveram a passar a noite no castelinho relataram ter presenciado fenômenos assustadores. O comediante Ankito (considerado um dos cinco maiores nomes das chanchadas) morou no castelinho em 1944 e relatou que era comum à noite ouvir pessoas andando nas escadas, as portas e janelas se abrirem e ao amanhecer encontrar as torneiras abertas.
José Mojica Marins filmou nas dependências do castelinho, e sofreu um princípio de acidente, o que levou os bombeiros a derrubarem todo o assoalho do andar superior da construção. Teria o temível Zé do Caixão sido vítima dos espíritos que ali se encontram?
“O Crime do Castelinho da Rua Apa”.
Elza Lengfelder, cozinheira da rica família moradora do local, ocupava um anexo da residência junto com o marido Rodolpho, e ao ouvir tiros no interior do castelinho, saiu às ruas para chamar um policial. Este, ao entrar na casa, viu os corpos dos irmãos Álvaro e Armando, e da mãe, Maria Cândida estendidos entre o escritório e a sala. Por serem pessoas muito importantes na cidade, no dia seguinte o caso ganhava as manchetes dos jornais, já sob o título pelo qual ainda hoje é conhecido.
Álvaro, de 45 anos, advogado e esportista, vivia cercado sempre de belas mulheres. Com perfil mais discreto, Armando César dos Reis, também advogado, morreu aos 43 anos e Maria Cândida Guimarães dos Reis, de 73 anos, senhora dedicada à prática religiosa, enviuvara há dois meses do médico Virgílio César dos Reis. Após uma viagem feita à Europa, Álvaro estava empolgado com alguns novos e arriscados projetos, com os quais o irmão Armando não concordava e o assunto provocara o desentendimento entre eles, que segundo a polícia, culminou com o famoso crime.
O curioso é que nenhum dos irmãos morava no castelinho, ali funcionava apenas o escritório de advocacia e, na noite do crime, Álvaro estava na casa de sua namorada, dona Baby. Ele fora até o local após receber um telefonema informando que havia um problema que tinha que ser solucionado urgentemente.
Ali ele encontraria a morte. Perto dos corpos, dispostos paralelamente, inclusive com Armando de olhos abertos, foi encontrada uma pistola alemã Mauser, calibre 9mm, registrada em nome de Álvaro, o que só veio a reforçar a hipótese da polícia.
Havia, entretanto, circunstâncias que atrapalhavam a tese das autoridades: Álvaro fora morto com dois tiros, fato bastante incomum em casos de suicídio, e mais, o calibre das balas encontradas nos corpos eram diferentes, sendo que a segunda arma, uma Magnum Parabellum, jamais foi encontrada.
As investigações posteriores, com a descoberta de promissórias assinadas por Álvaro que o deixariam em situação financeira bastante delicada, levaram a polícia, após um ano, a dar por concluído o caso, apontando-o definitivamente como o autor dos disparos.
Descobriu-se que tais promissórias haviam sido adulteradas pelos credores, que lhes teriam acrescentado um zero para aumentar-lhes o valor, mas misteriosamente os “sócios” de Álvaro jamais foram identificados.
Os institutos que periciavam o caso tinham grandes divergências quanto às conclusões apresentadas, ainda quando se deu o arquivamento do caso, de forma que o que realmente aconteceu naquela noite no Castelinho da Rua Apa permanece como sendo um mistério até hoje.
No intuito de preservar a imagem de Álvaro, amigos encarregaram-se de apresentar uma versão mais amena para os fatos: a de que ele apenas empunhara a arma, talvez, sem mesmo pretender usá-la contra Armando e que a mãe, apavorada, ao tentar separar os filhos, fizera-o acionar o gatilho, provocando também sua própria morte. Diante da acontecido, Álvaro não teria cogitado outra alternativa, senão o suicídio. Para dona Baby, nenhuma das duas hipóteses eram verdadeiras. Ela tinha certeza de que Armando era o verdadeiro vilão da história e morreu defendendo a inocência do amado Álvaro. O castelinho começou a ser construído por arquitetos franceses em 1912 a pedido do Sr. Virgílio, e ficou pronto em 1917, como um presente do marido à esposa, Sra. Maria Cândida.
Até a data do terrível acontecimento a vida no local era normal, no entanto, após o ocorrido, várias pessoas passaram a relatar que nele ocorriam fenômenos inexplicáveis.
Um ano após o crime e o caso ser dado por encerrado foi realizado um leilão de todos os móveis da casa e a construção ficou para o Departamento do Patrimônio da União até 1951, quando a Receita Federal o ocupou, visto que na época, parentes colaterais como sobrinhos e primos não tinham direito a receber herança.
ando a década de oitenta, o Castelinho ficou abandonado, transformando-se em um depósito de sucatas e ferro velho. Jornais de 1988 anunciavam o abandono do local e o filme “Fogo e Paixão” com Fernanda Montenegro, foi o último “momento de glória” da edificação.
Maria Eulina dos Reis, na época uma moradora de rua e sonhadora, dizia: “Um dia esse castelinho vai ser meu” e vendo todo aquele prédio sendo destruído pelo tempo e esquecido pelas autoridades, começou a lutar pelo imóvel.
No ano de 1990, resolve entrar com processo de tombamento e pedido de restauração e em 1997 consegue o que tanto sonhava. O prédio continuava pertencendo à União, mas foi cedido a ela para que utilizasse o espaço, concretizando o sonho que era ajudar moradores de rua e lutar para a reforma do seu tão sonhado castelo. Porém, somente em 2004 o castelinho foi tombado. Pela falta de condições de uso do imóvel para a finalidade a qual Maria Eulina se propôs, foi comprado um imóvel ao lado do castelinho para que pudesse funcionar o projeto, com a ajuda de empresas voluntárias.
Presença Paranormal.
Desde então, todos os que se atreveram a passar a noite no castelinho relataram ter presenciado fenômenos assustadores.
O comediante Ankito (considerado um dos cinco maiores nomes das chanchadas) morou no castelinho em 1944 e relatou que era comum à noite ouvir pessoas andando nas escadas, as portas e janelas se abrirem e ao amanhecer encontrar as torneiras abertas, ainda assim sendo um apaixonado pelo local e dizendo não sentir medo diante de tais fenômenos. Logo após sua mudança, morou outra família no local por cerca de vinte anos, que também relatava a vizinhos o fato de escutarem passos e muitos barulhos, mas nada os impediu de continuar no castelinho.
Ainda hoje ninguém sabe, ou ao menos não deseja dizer, o que aconteceu na noite de 12 de maio de 1937, e o caso foi dado como encerrado pela polícia que sentenciou como sendo o autor dos disparos que puseram fim à vida de Armando César dos Reis e Maria Cândida Guimarães dos Reis, o empresário e esportista Álvaro César dos Reis, que dera cabo de sua própria vida após efetuar os disparos.
Maria Lulina (Fundadora do Clube de Mães do Brasil) também relatou ter presenciado eventos sobrenaturais, como a presença de um rapaz dentro do castelinho, além de sentir que o lugar possui uma energia negativa, que inclusive a impede de conseguir interessados em restaurá-lo.
Seria obra dos atormentados espíritos que insistem em permanecer no local?
José Mojica Marins filmou nas dependências do castelinho, e sofreu um princípio de acidente, o que levou os bombeiros a derrubarem todo o assoalho do andar superior da construção. Teria o temível Zé do Caixão sido vítima dos espíritos que ali se encontram?
Pessoas que, durante a madrugada, atravessam defronte ao local, relatam ouvir choros e sons como o de correntes sendo arrastadas, vindos do interior da construção. Verdade ou obra de uma imaginação fértil?
Há quem diga que o ato tresloucado de Álvaro tenha sido consequência de tormentos impostos por criaturas malignas que por ali permeiam, principalmente em virtude de a soma dos números 2, 3, e 6 ser 11, o número da magia e do sobrenatural da numerologia, além do que o castelinho fica numa bifurcação, elemento comum em rituais de magia negra.
Seriam todos esses fenômenos obra dos espíritos ali ainda encarcerados, em busca da solução para o crime que lhes arrancou a vida?
De qualquer forma, o castelinho ainda resiste, entregue aos seus fantasmas e às suas lembranças, guardando em seu interior os mistérios que fazem dele um dos lugares mais assombrados da cidade de São Paulo.
Bom dia a todos! Desculpem o descofo aqu, mas achei essa Campanha o máximo! Vamos fazer nossa parte amanhã, levar um agasalho ao Pacaembu e deixar uma Criança Carente sem frio!!! Tô dentro!!!!
O texto está truncado (com trechos repetidos).
Meu neto o da foto qdo viu esse castelinho achou o maximo?
Esse é o castelo assombrado? Nunca passei por ai mas dizem quem passa por ai a noite vê gente na janela.
Ainda me lembro do dia que passou no Linha Direta, com aquela música macabra! Hahaha
Eu passava todos os dias em frente.
Allex Yuri
Mas afinal era residência da familia ou escritorio de advocacia?
E se era escritório de advocacia o que a mãe deles fazia lá e pq a cozinheira da familia morava num anexo?? Um escritorio nao precisa de cozinheira.