Nesta semana, na Série Avenida Paulista, apresentaremos dois ícones paulistanos: o Belvedere do Trianon e o MASP – Museu de Arte de São Paulo. Por se tratar de dois lugares públicos e de extensa história optamos por mostrar um breve texto de apresentação de cada um, que já foram publicados, e uma exposição fotográfica virtual com várias imagens da história de cada um dos lugares para que “passeiem por lá ao longo do tempo”. Divirtam-se!
O jornal O Estado de São Paulo divulgou em sua coluna “Era uma vez em SP…”a história do Belvedere que compartilhamos aqui:
O charmoso mirante, com salões e restaurante, existiu por 37 anos no local onde hoje é o MASP. O Belvedere Trianon era um mirante, com terraços panorâmicos que proporcionavam a vista para todo o vale, para a avenida e para os jardins do Parque Trianon. O local também era conhecido como Miradouro da Avenida ou apenas o Belvedere da Avenida (…). O escritório de arquitetura de Ramos de Azevedo, um dos mais conceituados na época, assinava a obra.
Além dos terraços, também faziam parte do belvedere salões para festas e convenções com serviços de restaurante e confeitaria. A inauguração foi realizada com pompa em 12 de junho de 1916. Na festa, “o sr. dr. Washington Luís, prefeito da cidade, recebeu os convidados, à entrada do Miradouro”, no luxuoso restaurante e nos salões (…).
Em pouco tempo, o espaço tornou-se um local de encontro da alta sociedade paulistana, algo como um clube. (…). Festas, concertos, bailes, “soirées”, reuniões e um “fino serviço de chá”, o “five o’clock tea”, estavam entre as constantes ofertas de lazer do espaço.
Depois da crise do café, no final da década de 1920 (…) o espaço deixou de ser restrito à elite e se tornou um ponto turístico. No lugar do requintado restaurante e dos salões, que foram fechados, um bar, que servia sorvetes e refrigerantes, passou a atender o novo público do mirante. Uma academia de dança passou a ocupar os salões inferiores. Madame Poças Leitão, (…), era a responsável por ensinar a arte do fox trote e do chá-chá-chá aos rapazes e moças.
Para que “vivam” um passeio naquela época vejam o vídeo do Janela da História que construiu em computação gráfica um passeio pela quadra do Belvedere.
Em 1953 o belvedere chegou ao fim. Foi demolido para ceder espaço à 1ª Bienal de Arte Moderna da cidade. Após o sucesso do evento, a prefeitura doou o terreno para construção do Museu de Arte de São Paulo, inaugurado em 1968.
Concebida no âmbito do MAM/SP, a primeira Bienal foi inaugurada em 20 de outubro na esplanada do Trianon. O espaço, projetado pelos arquitetos Luís Saia e Eduardo Kneese de Mello, deu lugar a 1.800 obras de 23 países, além da representação nacional. A primeira edição ocorreu devido aos esforços do empresário e mecenas Francisco Matarazzo Sobrinho e de sua esposa Yolanda Penteado.
O site do MASP, no menu sobre sua história, publicou esse trecho que disponibilizamos aqui:
O MASP é considerado o mais importante museu de arte ocidental do Hemisfério Sul. Seu acervo possui atualmente cerca de 8 mil obras, dentre as quais destacam-se as pinturas ocidentais, principalmente italianas e francesas.
O edifício sede do museu é o ícone da cidade de São Paulo, com 11.000 metros quadrados divididos em 5 pavimentos e com vão livre de 74 metros. Em 1982 foi tombado pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado e em 2003 pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Fundado em 1947, o MASP foi idealizado por Assis Chateaubriand, empresário e jornalista, e Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte italiano. (…) Uma nova sede, na próspera Avenida Paulista, foi projetada por Lina Bo Bardi. Foram 12 anos entre projeto e execução. ….Assim nasceram as quatro colunas do atual museu com um vão livre de 74 metros, assim nasceu um dos cartões postais da cidade de São Paulo, que foi inaugurado em 1968. (…)
A inauguração do novo prédio contou com a presença da Rainha Elizabeth II da Inglaterra, além das maiores autoridades brasileiras da época e uma grande participação popular em frente ao edifício.
Como o prédio foi projetado suspenso pelas quatro colunas e a vista da Paulista para o centro da cidade fosse preservada, foi concebida uma esplanada abaixo do edifício. Conhecida hoje como “vão livre”, havia sido idealizada por Lina como uma grande praça para crianças, famílias, com brinquedos e muitas plantas. As colunas do edifício foram pintadas de vermelho somente em 1990 na ocasião dos 40 anos do museu, (…) obedecendo o projeto original de Lina Bo Bardi.
Para encerrar um belo filme do prédio do Masp, intitulado MASP – Lina Bo Bardi Architecture – de Paulo Takimoto
Que lindo ! muito bom.
Obrigada Vera.
Na Série Avenida Paulista desta semana uma exposição fotográfica virtual com 35 imagens antigas do Belvedere do Trianon, até sua demolição, e 30 fotos do MASP desde sua construção aos dias atuais. E um lindo passeio, em computação gráfica, no local do Belvedere no início do século XX. Veja, curta e compartilhe!
#serieavenidapaulista #spcity #belvederetrianon #masp #janeladahistótia
Adorei as fotos. História.
Obrigada. Bj
Cuidado Mst sem teto sem terra são donos da paulista craqueiros maconheiro e professora que gosta de fazer cocô no masp
Cara Lourdes, agradecemos o seu contato. Essa coluna foi criada para resgate da memória do patrimônio publico da cidade, em especial da Avenida Paulista. As questões apontadas em seu comentário, independente de sua importância, não são objetivo deste espaço de compartilhamento sobre a memória de São Paulo.
Trabalho maravilhoso. Gostei muito de tudo. E também explicou aquilo que estou cansado de dizer: o antigo Belvedere não fora demolido para construir o MASP como muita gente costuma afirmar. O MASP também tem sua grandeza e é lamentável que muitos entre o povo não sabe utilizar e preservar o local que é livre e nosso.
Vou indicar aos meus alunos.
Meus parabéns pelo trabalho.
Clark, muito obrigada por seu comentário. É muito estimulante quando recebemos retornos como o seu. Ainda mais com o comentário que você vai partilhar com seus alunos. Um orgulho. Realmente, o Belvedere não foi demolido por causa do MASP, ele estava abandonado. Não sei sua área de atuação, se interessar, toda semana apresentamos a história de uma construção da Avenida Paulista do século passado e o que no lugar.
Antoni Nathan, olha só que bom uso da tecnologia com a aplicação da arte. Vc já imaginou que Av. Paulista foi assim um dia? Quero mostrar isso na sala de aula. Abs ???
caraca que dahora, queria ter nascido nessa época !!!
Muito bom
O trabalho de computação é sensacional. É uma iniciativa pessoal de um amigo Marcus Uchoa que desenvolve todo o projeto.
Fantástico!!! Ele já pensou em recriar o interior do Belvedere Trianon?
Clark Ars sem dúvida quem sim, mas é difícil pois ele não tem referências suficientes para poder reconstruir.
Eu já suspeitava rs…
Perfeita essa Se’rie Avenida Paulista! Aprendo muito e me da’ boas lembrancas. . Ate’ gosto do Masp, mas o Belvedere era muito mais bonito… as fotos dele sao lindas.Nasci na Rua da Consolacao, Fizemos va’rios passeios no Belvedere com meus pais e irmaos , mas eu era muito pequena . Vendo as fotos tive algumas l lembrancas…Esse vi’deo e’ incri’vel! Adoro!!! <3
Magui muito obrigada pelo comentário e por acompanhar a Série Avenida Paulista. Eu ainda não tinha nascido quando o Belvedere foi demolido, mas imagino que deva ter sido muito lindo mesmo.
Magui muito obrigada pelo comentário e por acompanhar a Série Avenida Paulista. Eu ainda não tinha nascido quando o Belvedere foi demolido, mas imagino que deva ter sido muito lindo mesmo.
Adorei as fotos. Gosto muito de andar na Paulista E agora minha visão sobre ela está baseada nas suas publicações.
São legais, dá uma boa ideia do que era o Belvedere e a construção do MASP, né? Fico feliz em contribui com sua visão da Paulista. Eu faço o mesmo.
Memórias de uma São Paulo elegante…
É faz um pouco triste ver essas imagens de um mundo perdido, aqui em São Paulo, como em todo o mundo. Houve esse desenvolvimento em todos os lugares. São Paulo seria uma cidade diferente. Realmente grandes imagens e uma bela exposição
Precisa ser muito ignorante para demolir o Belvedere! Naso é que em Sao Paulo faltava espaço para construir o Musei da Bo Bardi….alias ela devia ter evitado a demoliçao de algo insubstituivel e memoria historica da avenida Paulista! Que pena……Brasil é um paiz sem memorias!!!!