O virado à paulista é o prato feito mais antigo do estado de São Paulo, e continua sendo um dos mais pedidos nos bares e restaurantes da região.
Não é à toa: da mesma maneira que a receita sustentava bandeirantes em suas expedições, hoje pode deixar qualquer um satisfeito com sua mistura de feijão, carne, ovo, banana e farinha.
Mas, qual a história desse prato tão tradicional de São Paulo?
Origem do Virado à Paulista
A primeira vez que um documento histórico citou o virado à paulista foi em 1602, quando o bandeirante Nicolau Barreto descreveu o prato que saboreava durante uma expedição.
A receita prática era própria dos exploradores e viajantes da região no período colonial, e teria surgido espontaneamente: ao lado das armas e ferramentas, eles transportavam farnéis de feijão cozido, farinha de milho, carne seca e toucinho.
Os ingredientes acabavam se misturando com o chacoalhar dos animais usados para o transporte, formando um prato único gostoso e com muita substância.
Apesar da origem na insalubridade, o virado logo passou a ser apreciado como iguaria.
Em documento de 1788, o explorador Francisco José de Lacerda e Almeida relatou que era “o melhor guisado do mundo”. Até mesmo o imperador D. Pedro I estaria entre os fãs do prato – há várias histórias que dizem que ele comeu virado em uma fazenda no Vale do Paraíba, poucos dias antes de proclamar a Independência do Brasil.
Onde saborear o Virado à Paulista?
Se você mora ou está de passagem por São Paulo, pode encontrar o virado à paulista com a maior facilidade em bares e restaurantes de comida brasileira, dos mais populares aos sofisticados.
Como tradicional PF de boteco, o prato é servido na capital às segundas-feiras.