Mesmo em uma das maiores cidades do mundo, a vida dos índios paulistanos pode ser bem parecida com a de indígenas de tribos no interior do País. Na aldeia Guarani Tenondê Porã, em Parelheiros, vivem cerca de 1,2 mil guaranis, apenas 70 quilômetros da Praça da Sé. São basicamente oito grandes famílias, com filhos, netos, bisnetos, genros e noras, que compartilham casas de tijolos, construídas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU), seguindo as orientações dos próprios indígenas.
Pratica-se basicamente a agricultura de subsistência, que fornece o alimento cotidiano. Há bananeiras, pés de goiaba, mexerica, laranja e manga, que as crianças colhem no pé. A renda vem basicamente do artesanato indígena, vendido para lojinhas da capital.
O cacique, líder local, trava atualmente uma briga para ampliar os perímetros das terras guaranis. Cinco pajés servem como guias espirituais, dando conselhos e rezando em uma casa sagrada. Os pajés também batizam as crianças da aldeia com nomes em guarani, dependendo das características de cada uma. “Vivemos em família, por isso nunca um deixa faltar nada ao outro em nossa comunidade”, afirma o coordenador educacional indígena da aldeia, Adriano Veríssimo, que em guarani se chama Tenondê Porã, nome que significa “luz e esperança ou aliança para o futuro”.
Quer dizer, o governo fala “Certo, índios, vocês podem viver como quiserem. Mas bem longe de nós, pra ninguém saber da sua existência”. Um desrespeito com a nossa história e com a nossa cultura!
Boa noite Miguel! Muito interessante sua publicação e atual também né? Sou professora e vou tratar o tema das comunidades indígenas com meus alunos e entrarei em contato para uma visita a tripo. Empolgada!! E penso que meus alunos se interessaram também. Adorei…obrigada pela informação.