A primeira casa modernista de São Paulo, datada de 1928 ainda existe, é na verdade parte do Museu da Cidade e todos podemos visitar e conhecer a casa que causou furor na sociedade paulistana dos anos 1920.
A Casa Modernista fica na Rua Santa Cruz, na Vila Mariana em São Paulo, seu projeto é de autoria de Gregori Warchavchik, um arquiteto russo, que conclui seus estudos no Real Instituto de Belas Artes de Roma, ainda em 1920. Ele veio para o Brasil em 1923 para trabalhar na Companhia Construtora de Santos, ele também foi professor na Escola Nacional de Artes, no Rio de Janeiro e contribuiu muito ao Modernismo no Brasil, tendo escrito diversos artigos e manifestos.
Em 1927, quando tomou forma o projeto da Casa Modernista, São Paulo vivia a urbanização e também a industrialização, a burguesia tomava forma, e os costumes da belle époque de Paris eram bastante comuns a parte da sociedade com maior poder aquisitivo da época.
Finalizada em 1928, a Casa Modernista ganhou esse nome porque foi a primeira construção do gênero na cidade de São Paulo, ela era a residência do arquiteto Gregori Warchavchik, que havia recém se casado com Mina Klabin, de família industrial e tradicional de São Paulo.
Os relatos da época dizem que a Casa Modernista gerou grandes impactos aos círculos sociais e intelectuais da época, foram publicadas opiniões contrárias e favoráveis a seus aspectos em jornais de seu tempo, a casa era realmente muito diferente do convencional, não havia ornamentação, eram paredes brancas e prismáticas, o que levou o arquiteto que a desenhou para morar a criar uma fachada ornamentada para o projeto, para que fosse possível conseguir aprovação da prefeitura, porém, após aprovado, os ornamentos nunca chegaram até lá, seu proprietário alegou falta de recursos para esta parte da obra.
Após a dificuldade para aprovar o projeto, também não foi nada fácil na época encontrar o material necessário para a construção, como ferro, placas, tintas, maçanetas, e outros materiais que eram encontrados, mas tinham preços altíssimos, como vidro, concreto, e é claro, mão de obra.
Além da belíssima casa, o jardim, projetado por Mina Klabin merece destaque, ela foi pioneira no uso de árvores tropicais! A casa passou por reformas em 1935, conforme a família foi mudando, com a chegada dos filhos algumas mudanças foram necessárias. Durante o período da 2ª Guerra Mundial, o jardim foi ampliado, ganhando um bosque de eucaliptos, que Mina colocou junto ao muro frontal, resguardando a família do Hospital Nipo-Brasileiro que estava sendo construído em frente à casa.
A família residiu na Casa Modernista até 1970, quando a vendeu. Em 1983, uma construtora tentou construir um condomínio na área, mas foi combatida veementemente pela população do entorno, que se mobilizou para defender a casa e sua área verde. Essa mobilização chegou ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo, que tombou a casa em 1984, seguido pelo tombamento por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Após muitos anos de abandono, nos anos 2000, mesmo com pouco orçamento, foi iniciada reforma na casa Modernista, em 2008 a casa passou a ser de propriedade da Prefeitura de São Paulo, que realizou diversas obras, e a abriu para visitação.
Atualmente, a Casa Modernista é parte do Museu da Cidade de São Paulo e conta com espaços de convivência, promoção de cultura, programação musical e equipe de educadores patrimoniais.
Vale a pena conhecer a primeira casa modernista de São Paulo!
Serviço:
Endereço: Rua Santa Cruz, 325 – Vila Mariana – zona Sul – São Paulo.
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 9h às 17h.
Telefone: (11) 5083-3232.
Site
Fernando Vilarinho
Warchavchik é F*da!
sou fã do cara viu… tinha que ser russo! rss
Só por causa disso ou pelos outros 4397 motivos de que os russos são fodas? hahahahahaha
Marcela Arakaki
Rodrigo Lopes
Tá mal escrita a matéria…mas enfim, já visitei a casa, adorei!