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Série Avenida Paulista: da família Corrêa Galvão ao Edifício do Banco Central.

Este texto principia com uma novidade: ele foi escrito a quatro mãos. Duas minhas, que vocês já estão habituados e, as outras duas, de Anne de Bonneval, neta do proprietário do casarão que hoje apresentamos. Não é maravilhosa essa novidade? Poderemos saber com mais profundidade a história da casa e da família que lá morou na Avenida Paulista. Agradeço imensamente a Anne que generosamente dividiu com todos nós parte de sua história.

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Fachada casa na Avenida Paulista esquina com Ministro Rocha Azevedo. Foto: acervo da família.

Este é um casarão diferente dos anteriores, com projeto arquitetônico que apresenta linhas mais retas, com formatos retangulares que se multiplicam na espacialidade do terreno. Um estilo sóbrio e muito elegante. A propriedade pertencia ao “barão do café” Herculano de Almeida Prado Corrêa Galvão, que adquiriu uma gleba de 6 mil metros quadrados na Avenida Paulista. A casa que ficava no cruzamento com a Rua Ministro Rocha Azevedo foi a terceira moradia a ser erguida na avenida.

Vovo Herculano - Série Avenida Paulista: da família Corrêa Galvão ao Edifício do Banco Central.
Herculano de Almeida Prado Corrêa Galvão. Foto: acervo da família.

Herculano de Almeida Prado Corrêa Galvão nasceu em Itu, em 10 de abril de 1872, onde passou a infância e juventude. Os pais mandaram Herculano estudar na Bélgica, onde se formou em Hautes Etudes Commerciales em Liège. Ficou conhecido como um dos barões do café porque seu pai – Antonio Augusto Correa – era proprietário de fazendas cafeeiras na região de Itu, que foram vendidas em 1898.

Bisavo Antonio Augusto Correa - Série Avenida Paulista: da família Corrêa Galvão ao Edifício do Banco Central.
Antonio Augusto Correa. Foto: acervo da família.

A família mudou-se para São Paulo em 1900 e foi morar na Praça da República. Com projeto de Carlos Ekman, a construção da casa da Avenida Paulista começou em 1892 e ficou pronta em 1897, poucos anos após a inauguração da avenida. Nesta época, a área era conhecida como matagal e, como já mencionamos em outros posts, muitas famílias que moravam no centro da cidade, consideravam as mansões da Avenida Paulista como uma casa de campo. Pode ser que isto tenha ocorrido com a família de Herculano também.

Sobre os antepassados que moravam na casa, Anne conta:

“A casa foi habitada por meus bisavôs, Antonio Augusto Correa Galvão (falecido em 1913), que era casado com D. Maria Jorge Paes de Barros de Almeida Prado (1852- 1948). Um fato curioso é que posteriormente D. Maria Jorge mudou seu nome para Maria Isabel Paes de Barros de Almeida Prado Correa Galvão – ela dizia que Jorge era nome de homem – e, para nós, ela era conhecida como tia Mariquinha. O casal teve 4 filhos: Clarimundo, meu avô Herculano, Antonio Augusto e Antonia Eufrosina, que também moraram na casa da Paulista.

Clarimundo foi casado com uma francesa chamada Loutte (de Marie Louise). Meu avô, Herculano de Almeida Correa, nasceu em 1872 e faleceu em 1958 e casou-se em 1922, com Gabrielle de Almeida Correa que era francesa da Córsega. Antonio Augusto Correa Galvão, falecido em março 1962 aos 95 anos, e Antonia Eufrosina Correa Galvão, falecida em 1949, nunca se casaram”.

O avô da minha mãe, casado com a Maria Isabel avó da minha mãe, era irmão do marido da Anna Cândida de Almeida Prado Correa Galvão. E ela, a Anna Cândida por sua vez, era irmã da Maria Isabel.  Portanto, eram dois irmãos casados com duas irmãs.  Anna Cândida e seu marido moravam em um casarão na Avenida Paulista esquina com a Alameda Joaquim Eugênio de Lima.

Ainda lembro da tia Candinha, uma prima solteirona, que tinha bigode e só andava de preto! Eu morria de medo dela. Outro fato interessante da família é que somos primos diretos do Frei Galvão”.

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A família posando para a fotografia na entrada da casa da Avenida Paulista. À esquerda, em pé, Antonio Augusto, na parte mais alta na escada, Clarimundo, no lado direto, Herculano. As duas mulheres sentadas: à esquerda, Maria Isabel, com sua filha, Antonia Eufrosina e a mulher de preto é Loutte, esposa de Clarimundo. Foto: acervo da família.

Uma grande família com muitas histórias para contar, que hoje fazem parte da memória da cidade de São Paulo e devem ser guardadas como parte de seu patrimônio histórico.

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A elegância das mulheres: a bisavó de Anne, Maria Isabel Paes de Barros Almeida Prado Correa Galvão e sua avó Gabrielle de Almeida Correa. Fotos: acervo da família.

Para o jornal o Estado de São Paulo, Anne contou que “Quando era criança, a avenida [Paulista] era quase uma cidade do interior. Às 5 horas havia cantos de galo, de pássaros e dos padeiros entregando pão e leite com ajuda de uma carroça levada por um burrinho. Lá deixei meus 23 pés de jabuticaba, meus 1000 m² de horta, minhas caneleiras nativas e todos os mistérios que povoavam os porões dessa casa. ” Perguntada sobre os porões da casa, Anne nos contou:

“Os mistérios nada mais eram que minhas fantasias de criança. Lá habitavam bruxas que me ensinavam pequenos segredos para: ser feliz, escapar das maledicências que certas pessoas faziam contra mim, me esconder, chorar, escutar o que os seres iluminados que por lá estavam, tinham para me dizer.

Certa vez uma babá disse que jogaria meu ursinho fora, coisa dessa gente horrorosa que permeia a vida das crianças, meu ursinho Colin, meu tudo, me foi arrancado dos braços. Chorei por vários dias, muitos dias e, em um desses dias, fui chorar no porão, pois não aguentava mais ficar sem ele. Após alguns minutos, uma voz muito suave e doce me sussurrou: “ele está no cofre da sala” saí em disparada e lá estava ele, jogado no fundo deste armário-baú-cofre! Colin sorriu para mim…juro que sorriu! Esses eram alguns dos mistérios desta casa…

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O jardim da casa em vários períodos. Na primeira foto acima, em 1947, Bernard Henri, pi de Anne,  brincava com um macaco (na Paulista!!!), na foto ao lado, em 1963, Anne e sua irmã, Claude, com a babá. Na foto abaixo, à esquerda, Anne e seu irmão Geraud, em 1962 e, na última foto, a irmã com a babá no banco de areia. Fotos: acervo da família.

Da união de Herculano com Gabrielle de Almeida Correa nasceu em março de 1923, a mãe de Anne, que se chama Maria Antonieta Almeida Correa. Ela se casou em 1947 com Bernard Henri Marie Louis de Bonneval, francês, nascido em abril de 1921 e falecido no Brasil em junho 1997. O casal teve 5 filhos. Anne comenta: “precisava ter um filho homem para continuar a linhagem da nobreza francesa, existente desde o ano 935.  Assim meu sobrenome Bonneval vem desta união”.

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Conde de Bonneval, (Bernard Henri Marie Louis de Bonneval), pai de Anne, em uma das salas da casa. Esta sala chamava-se “salão branco” por causa da cor das paredes. As penas em cima da mesa, são das araras que haviam na casa. Foto: acervo da família.

Anne de Bonneval  passou a infância e viveu nesse casarão até julho de 1973.  A nosso pedido, ela descreve o interior da casa:

“A casa tinha muitos cômodos.  Subindo a escadaria branca, que aparece na foto, chegávamos à sala principal bastante ampla, do lado direito havia uma sala chamada de “sala império” por conta do estilo dos móveis e, do lado esquerdo, a sala de jantar. Mais à frente o “salão branco”, (que pode ser visto na foto acima do Conde de Bonneval) e do outro lado, havia a sala de música com 2 pianos, sendo 1 de cauda.

Perto da sala de música havia a escadaria que levava ao porão, onde logo à esquerda era o escritório do meu avô e depois do meu pai. Continuando pelo porão, havia um espaço, na verdade não era um espaço, era como se fosse um armário gigante de 30 m², mais ou menos, era acima do nível do chão e tinha uma portinha que vivia trancada. Lá dentro não tinha luz, apenas aquelas janelinhas que aparecem rentes ao chão na foto da casa. Aquelas janelinhas mal deixavam entrar a luz do dia, guardava-se cadeiras, mesinhas, quadros, velharias em geral. Lá, só se andava abaixado!

O porão seguia por baixo da casa toda e havia muitos livros neste local. Meu tio construiu uma biblioteca de 20.000 livros. Primeiras edições muito valiosas (Graciliano Ramos, Monteiro Lobato, Guimarães Rosa…), livros com capa em pergaminho, livros escritos em sânscrito, quase todos com a marca d’água de meu tio em alto relevo enfim, uma verdadeira fortuna! A maioria ficava neste porão – por isso que havia tantos fantasmas! Mais da metade ficava no porão, mas em qualquer sala da casa havia livros, no meu quarto as paredes eram forradas de livros!

Continuando pelo porão havia uma outra sala cheia de livros, uma adega e uma sala minúscula, onde havia um telefone e outra escadaria que dava na cozinha, para a copa e para a sala de costura.

Na parte superior da casa eram os quartos da família. Na foto da casa (acima), o terraço escondido pelas árvores era o quarto de minha avó, que tinha uma sala contigua.  No lado que não conseguimos ver na foto, estava um terraço com meu quarto.  Mais para cima ainda havia o sótão”.

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À esquerda, Maria Antonieta Correa, mãe de Anne, com a cachorrinha Miká em seu colo: ela era sua cara metade, alma gêmea. A seu lado, Miss Joyce, uma governanta inglesa que, segundo a mãe de Anne, era muito mal humorada e vivia de cara feia. A foto foi tirada no Carnaval. Detalhes da casa podem ser observados: a escada com a Miká nos degraus, as paredes da entrada principal e o terraço de um dos quartos. Fotos: acervo da família.

Perguntamos a Anne sobre as festas que ocorriam na casa. Ele respondeu:

Havia festas para os aniversários dos 5 filhos ou seja, 5 festas por ano. Tudo, tudo, tudo era feito em casa! Nada era comprado. A mesa de doces e salgados devia ter seus 3 metros fora os aparadores. Eram 5 empregados trabalhando sem parar durante 4 dias! Para as duas irmãs mais velhas, era baile, para mim vinha o mágico, minha irmã o teatrinho e meu irmão churrasco com palhaços, fogos… pois era época de São João. Para os adultos, só quando era importante tipo os 50 anos de meu pai, os 80 de minha avó…havia muitos jantares com convidados ilustres, eu não participava pois era pequena.

Sobre o processo de demolição e a construção do edifício que fica na Rua Ministro Rocha Azevedo, batizado com o nome da família, Anne comenta:

“Em 1964, o Conde de Bonneval, meu pai, contratou a construção de um edifício em uma área de 2.000,00m², na Rua Ministro Rocha Azevedo, nº 45 onde era nossa horta! Junto com essa construção toda magia da horta, das plantas medicinais, das galinhas, do pato, do peru e da porca Yvone se foi.  Essa destruição foi o primeiro buraco que se cavou em minha alma, mas que isso poderia importar? Eu era apenas uma criança de 8 anos a quem ninguém dava a menor bola!”

Esse prédio foi batizado de Antônio Augusto Correa Galvão, tio da minha mãe que viveu até morrer em nossa casa e amava esse espaço mágico da horta! Daí o nome do edifício. Para mim, ali era a parte mais sagrada da casa.

O pai de Anne, o Conde de Bonneval,  se tornou marquês em 1980 quando seu pai faleceu. A família pertence a uma linhagem de raízes muito antigas da aristocracia francesa. Segundo a revista Veja, de fevereiro de 1984, o casal dividia “seu tempo entre uma mansão no Jardim América, em São Paulo, e um castelo a 40 quilômetros de Limoges, na França”.

Um fato interessante, publicado na revista, permitia ter uma ideia da importância da família na cultura brasileira: o casal possuía um álbum com uma série de aquarelas do francês Jean Baptiste Debret (1768-1848), um célebre artista que retratou os tipos e costumes do período imperial brasileiro. Essas aquarelas já foram expostas para o público em 1984 como noticiava a revista.

Na França é possível visitar o castelo.  Géraud, irmão de Anne, que se tornou marquês com a morte de seu pai em 1997, atualmente administra o castelo. No site do castelo lê-se:

Na home:

“Bem-vindo ao Château de Bonneval” – “É com grande prazer que Géraud de Bonneval e sua esposa Marta, convidam você a descobrir mais de 1.000 anos de história fascinante e “colorida” da família Bonneval, uma das mais antigas da nobreza francesa.

Na primeira página:

“O atual Marquês herdou a propriedade de seu falecido pai em 1997. Uma coincidência interessante é que o cavaleiro medieval, que iniciou o primeiro milênio da dinastia familiar Bonneval e o Marquês que está liderando a família, em seu segundo milênio, compartilham o mesmo nome: “Géraud”!  

A influência da América Latina, particularmente no Brasil, misturada com uma decoração clássica europeia, pode ser vista e sentida em toda a propriedade. Na verdade, antes de voltar para o Château de Bonneval, o Marquês e Marquesa de Bonneval, Marta, e seus dois filhos viviam no Brasil. Além disso, a viúva Marquesa e o Marquês (pai de Géraud) são ambos franco-brasileiros”.

UM CASTELO, UMA FAMÍLIA, DE MIL ANOS DE HISTÓRIA

O site informa sobre a história do castelo:

“acredita-se que a primeira construção do castelo foi feita por um ancestral cavaleiro da família Bonneval em 930 dC, em um local que tinha sido uma vila galo-romana. A ligação com a ocupação romana é evidenciada pela famosa abreviatura SPQR (Senatus, Populous, Que Romanus) que também foi incluída na gravura do brasão da família Bonneval, acima da entrada principal do palácio, que data do século 16”.

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Château de Bonneval da família da aristocracia francesa.

Uma linda história da aristocracia francesa que se inicia na era medieval, dos cavaleiros e castelos europeus, que nos leva para a época do império brasileiro e a história pitoresca da mansão da Avenida Paulista. O que esperar depois dessa história lendária?

Hoje, naquele mesmo endereço da avenida encontra-se a sede paulista do Banco Central do Brasil.  Pode-se dizer que o que veio foi o oposto do que se tinha lá: atualmente, o BACEN desempenha papel crucial na política econômica brasileira e toda sua organização tem objetivo de fornecer melhor aplicabilidade das normas e funções econômicas do pais.

O terreno, ocupado por anos pela casa da família Corrêa Galvão, deu lugar ao Edifício do Banco Central do Brasil, que foi projetado em 1971, para ser construído na Avenida Paulista, no número 1804. O edifício foi erguido pela Construtora Guarantã, que faliu e em 1999 foi comprada pela Construtora Kallas. Além dos escritórios, no prédio do BACEN encontram-se agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e no andar térreo o atendimento ao público.

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O BACEN – Banco Central do Brasil na Avenida Paulista, 1804. Foto: BACEN

Por muito tempo o prédio passou por vistorias técnicas, pois não dispunha de acessibilidade. A partir de 2003, o Ministério Público Federal buscou, sem êxito, que fossem realizadas reformas no edifício. O objetivo era tornar o espaço, a edificação, seus equipamentos e mobiliário acessíveis às pessoas com deficiência.

Segundo o Ministério Público, o edifício do BACEN na avenida Paulista descumpriu as diversas “promessas” de atendimento às normas de acessibilidade em diversos anos e, por isso, em novembro de 2010, em uma ação civil pública foi intimado a pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 1.222.844,00, que era equivalente a 0,1% do montante transferido pelo Governo Federal ao Banco Central do Brasil.

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Ângulo da foto empodera o prédio, simbolizando o poder do BACEN. Foto: Henrique Bueno

A empresa Construmag realizou a reforma que, na área externa, contou com a adequação do acesso para pessoas com mobilidade reduzida e introdução de melhorias em aspectos de circulação e segurança.

Antes da reforma, havia no andar térreo, uma área que abrigava uma seccional do Museu de Valores (A sede central fica em Brasília) que, segundo o Bacen, “tem o objetivo de preservar a memória nacional quanto aos meios de pagamento, valorizando o aspecto da expressão cultural de nosso povo e da história econômica do dinheiro”. O espaço foi inaugurado em janeiro de 1990 com uma mostra coletiva de funcionários da instituição, mas infelizmente está “temporariamente” fechado, sem previsão de reabertura.

Uma outra característica incomum relacionado à esta edificação é um fenômeno social, estritamente urbano e contemporâneo, que acontece a alguns anos nas escadarias do BACEN: a prática do skate. Depois que os executivos deixam os escritórios da Avenida Paulista, parte dela é tomada por skatistas que usam ruas e calçadas para suas manobras. As escadarias do Banco Central se tornaram o ponto de maior concentração dos praticantes do esporte. Muitos encontros são marcados lá.

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A prática do skate nas escadarias do BACEN. Foto: Rodrigo Paiva/UOL

As escadas do BACEN também abrigam outro fenômeno social desta nossa época, as manifestações promovidas por sindicatos e associações em prol de alguma reivindicação. Como por exemplo, em abril de 2013, cinco centrais sindicais fizeram lá um protesto contra a possível elevação da taxa básica de juros, a Selic que, naquele ano, estava em 7,25% ao ano. Quem diria, que 2 anos depois, a taxa estaria o dobro.

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Protesto das centrais sindicais em 2013, contra a elevação da SELIC. Foto: Força Sindical SP

Pois é, não faz muito que o tomate aumento de preço, reeditando a mensagem da faixa da imagem acima. Um prognóstico de tempos difíceis …

É uma pena que a lei de tombamento de casas que representam o patrimônio histórico paulista não tenha sido revista antes de 1983. Se isso tivesse acontecido quem sabe poderíamos ter o casarão do Herculano e tantos outros para conhecer e viver um pouco as lembranças de uma Paulista, com suas mansões do início do século 19, seus habitantes, animais e vasta vegetação.

Hoje nos resta a colaboração de pessoas com a Anne, que compartilham um pouco de sua história conosco.

Muito obrigada, Anne.

 

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Luciana Cotrim
the authorLuciana Cotrim
Paulistana até a alma, nasceu no Hospital Matarazzo, no coração de São Paulo. Passou parte da vida entre as festas da igreja Nossa Senhora Achiropita, os desfiles da Escola de Samba Vai-Vai e as baladas da 13 de maio no bairro da Bela Vista, para os mais íntimos, o Bixiga. Estudou no Sumaré, trabalhou na Berrini e hoje mora em Moema. Gosta de explorar a história e atualidades de São Paulo e escreveu um livro chamado “Ponte Estaiada – construção de sentidos para São Paulo” resultado de seu mestrado em Comunicação e Semiótica na PUC. É consultora em planejamento de comunicação e professora de pós-graduação no Senac.

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