O casarão que apresentamos hoje na Série Avenida Paulista era localizado no número 122 e pertencia a José Mário Junqueira Netto, de família tradicional do interior de Minas Gerais, fazendeiros e criadores de cavalo, que remontam aos tempos de D. João VI, responsável por trazer a raça mangalarga para o Brasil.
Vamos conhecer essa história familiar iniciando com José Frausino Junqueira, que nasceu em 1805 na Fazenda Favacho.
Parte da história dele está contada nesta reportagem veiculada pela Globo News, que convido a todos verem.
Com a morte de José Frausino, os negócios e, principalmente a criação de cavalos, continuou com seu filho João Braulio Fortes Junqueira (1837 a 1901), que se casou com sua prima Gabriela Vitalina Diniz Junqueira. O casal foi residir na Fazenda Campo Lindo em Cruzília, Minas Gerais.
Segundo o site linhagem 53,
José Frausino Junqueira Netto (1858 a 1909), único filho homem de João Bráulio, casou-se com Genoveva Clara Diniz Junqueira, filha de Francisco Marcolino Diniz Junqueira (Capitão Chico). Em 1888, mudou-se para São Paulo atraído pela fama e pela fertilidade espantosa da célebre terra roxa. Fundou a Fazenda Agudo em Orlândia onde plantou café e deu segmento ao aprimoramento do Mangalarga.
Outra parte desta história pode ser vista em dois outros vídeos sobre a família Junqueira, o vídeo intitulado História da Fazenda Boa Esperança – Parte I e II.
http://www.youtube.com/watch?v=2SVHC_5Mu3k
http://www.youtube.com/watch?v=sr-sF-edDBc
José Frausino criou a Marca 53 para seus cavalos. O site completa a história
Não querendo usar a marca de seu pai, José Frausino prestou uma homenagem à sua mulher Genoveva Clara, escolhendo seu número no internato de Itu, que era o “53”. Zezé do Agudo como era conhecido José Frauzino, resolveu dar início a um livro particular da raça Mangalarga, anotando os cruzamentos feitos, com toda a genealogia de seus animais. Em razão disto, o ano de 1902 é considerado o ponto inicial da criação do Mangalarga Marca 5, pois somente daí em diante é que existe a base para os registros.
Com a morte de José Frausino, seu filho José Mário Junqueira Netto, nascido em 14 julho 1886, deu segmento à seleção 53 e aos registros do Mangalarga, sua gestão que durou de 1909 a 1921, produziu excelentes cavalos e deu continuidade aos negócios. Ele foi um pecuarista e um fervoroso defensor da raça bovina Caracu, além da criação de cavalos, praticava o hipismo como cavaleiro e foi incentivador e, muitas vezes, juiz de concursos da Sociedade Hípica Paulista.
Foi por volta de 1915 que José Mário ergueu o casarão na Avenida Paulista com projeto do escritório de Ramos de Azevedo. José Mario foi casado com a Sra. Noemia Inglez de Souza, filha de Francisco Marcos Inglêz de Souza. O casal teve 2 filhos: Francisco Marcos Junqueira Netto e Heloisa Junqueira Netto.
No final de 1921, José Mario sofreu um colapso cardíaco durante uma caçada ao veado. Sua mãe Genoveva Clara convocou seu filho Renato para tomar conta dos negócios e consequentemente dar prosseguimento à seleção da tropa 53.
Uma história interessante sobre a família foi que a ajuda ofertada pela Sra. Noemia Inglez de Souza Junqueira Netto para a construção Paróquia São José do Jardim Europa resultou na pequena e charmosa igreja de hoje na Rua Dinamarca, isso ocorreu depois que a paróquia da desistência de construí-la em um terreno maior. A condição para a ajuda na construção foi que o titular da Igreja seria São José em memória do doador Sr. José Mário Junqueira Netto.
O projeto que atualmente está na localização do casarão de Junqueira Netto é o Edifício Comendador Yerchanik Kissajikian (CYK) que se situa na Avenida Paulista, 901. O projeto é do escritório de Kogan, Villar & Associados e a construção foi entregue em 2003.
O edifício CYK tem uma linda fachada com um ângulo de inclinação de 15 cm com um desenho em vértice no centro da fachada vidro laminado azul, destacando a volumetria diferente do prédio. Nas laterais o desenho também é diferenciado, que mescla a repetição da fachada com vidro laminado azul com a utilização de sistema de grelhas de granito branco com vidro na cor prata.
Com 109 metros de extensão, o CYK tem entrada também pela Alameda Santos. O desenho do arquiteto propõe um escalonamento nos 19 andares do edifício, que faz com que a área de laje aumente do térreo até o último pavimento.
O acesso pela Alameda Santos conduz ao estacionamento, dividido em quatro subsolos, e ao conjunto comercial, que foi realizado em dois níveis – no piso Paulista e em sobreloja. Essa área comporta terraços ajardinados. Por dentro dos andares, o edifício proporciona uma bela vista da avenida e da cidade.
E, por fora, dependendo do sol e do horário do dia reflete de forma inusitada as antenas dos edifícios no outro lado da Avenida Paulista.
Este prédio abriga o escritório paulista da Petrobras contando com, aproximadamente, 1,6 mil trabalhadores. Nestas épocas de Lava a Jato, muitas manifestações populares aconteceram na entrada do edifício, como mostra a foto abaixo.
No térreo mezanino e primeiro subsolo se encontra uma das lojas da rede FNAC, muito procurada pelos paulistanos, funciona de segunda a sábado das 10h às 22h, domingos e feriados das 11h às 20h.
A livraria conta com um centro cultural e Galeria que dispõe de uma programação diária, oferecendo eventos, exposição e palestras. Confira:
Marise Marra – Pocket Show – Terça, 23 de fevereiro, às 19:00hs
Bate-papo: Indicados ao Oscar – Sexta, 26 de fevereiro, às 19:30hs
Trio Sinhá Flor – Pocket Show – Sábado – 27 de fevereiro, às 15:00hs
Aproveitem as dicas. Vale lembrar, serão bem-vindas as contribuições com outras informações da família Junqueira e da casa na Avenida Paulista. Até a semana que vem com outra história da Série Avenida Paulista.
bela foto do edifício, Luciana Cotrim
Amo. SÃO PAULO!??????
Avenida Paulista, sempre Linda, Amo!????
Que linda!!!
Renata Junq Azevedo Fernanda Jacinto Junqueira Machado olha que legal
Obrigada, se alguém for da família e tiver alguma contribuição, agradecemos. ??
Ivy Carvalho, Yasmin Carvalho
Casarão lindo,,,
Maria Luiza Gregorio Paiva Vera Lucia Gregorio Sinigaglia Ana Laura Gregorio Rita Arantes Izidio (veja família Junqueira de Cruzília – MG)