Quem passa pelo centro de São Paulo, com certeza se encanta com as curvas do Copan, que é um ícone paulistano, mas poucos imaginam que lá no topo, em meio a todo o caos ocorre uma vez por mês a meditação em grupo.
Toda terceira sexta-feira do mês, dois monges deixam o Templo Busshinji, no bairro da Liberdade, em direção ao centro de São Paulo. A meditação começa cedo, às 7 da manhã, e não é aberta ao público, mas já contou com a presença de convidados.
O barulho das buzinas e o vento no topo do prédio de 32 andares são válidos para ter a experiência de relaxar a mente. A prática costuma ser encerrada com as oito badaladas do sino da Igreja Nossa Senhora da Consolação, na vizinha Praça Roosevelt.
A meditação do alto do prédio surgiu com o cineasta Bruno Mitih, 41, budista há quatro anos. “A primeira idéia foi levar a prática do templo para a rua, e o edifício Copan se apresenta como a montanha dos budistas zen da cidade.” O professor-monge Jisho Handa, 53, vê o Copan como representação de São Paulo. “No heliponto estamos num dos pontos mais altos do centro e a observamos num ângulo de 360. Assim, expandimos nossas energias.” O objetivo do grupo, diz Handa, é levar harmonia e compaixão ao maior número de pessoas. “Vivemos numa cidade cheia de desordem e injustiça. Queremos criar uma sintonia com toda a cidade e inconscientemente a cidade medita conosco.”
Os religiosos pedem a quem quiser se juntar a eles que antes visite o templo da Liberdade para treinar e combinar o programa, pois no topo do prédio cabem só dez pessoas.
O endereço do Templo Busshinji é Rua São Joaquim, 285, Liberdade; Tel. (11) 3208 -4515 – www.sotozen.org.br
Já para quem quer visitar o terraço, as visitas gratuitas e feitas em dois horários, às 10h30 e 15h30, de segunda a sexta. Chegar com 10 minutos de antecedência. Para grupos de até 10 pessoas, é necessário o agendamento por e-mail: sindico@copansp.com.br.
Todas as fotos via Varanda Filmes.